sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Não deixes a vida passar!

Planeia...
Planeia o teu dia.
Planeia a tua semana.
Planeia o teu mês.
Planeia o teu ano.
Define objectivos.
Define tarefas.
Não deixes nada por fazer.
Não deixes nada por dizer.
Anota as tuas ideias.
Dá-lhes forma.
Dá-lhes vida.
Saboreia cada vitória.
Analisa cada derrota.
Respira.
Supera-te.
Ajuda o próximo.
Não deixes a vida passar.
Não te prendas ao passado.
Não te massacres com o futuro.
Vive o presente.
Ama-te.
Permite-te amar.
Permite que te amem.
Agradece!
Vive!
Só assim vale a pena viver!

Adelaide Miranda, 17/11/2017

Confusa...

Confusa...
Sinto-me confusa em relação a ti.
Sinto-me confusa em relação ao que sinto por ti.
Sinto-me confusa em relação ao que me atrai a ti.
Sinto-me confusa em relação ao que me prende a ti.
Sinto-me tão confusa.
Dizem-me que é amor...
Porém, amor não devia incendiar o meu corpo na tua presença.
Dizem-me que é paixão...
Porém, paixão não devia transbordar o meu coração de emoção com o teu sorriso.
Confusa...
Sinto-me tão confusa em relação a ti.
É mais que amor. É mais que paixão.
É a simples vontade de estar contigo a cada momento.
É a simples vontade de me entregar a ti desenfreadamente.
É a simples vontade de... te pertencer!
Confusa...
Sinto-me tão confusa em relação a ti...
Tolice!
Há coisas que não são para entender.

Adelaide Miranda, 17/11/2017


sábado, 28 de outubro de 2017

Poupança: Pague-se Primeiro

No poupar está o ganho!
O melhor livro de educação financeira e que todo o ser humano deveria ler intitula-se “O Homem Mais Rico da Babilónia”, de George Clason.
As dicas para gerir as suas economias e a sua vida de forma prática são intemporais e prova viva é este livro publicado em 1926!!!

O site resenhavirtual faz um sumário bastante prático do livro:
Plano Prático
O autor apresenta um plano prático de economia mesmo para as pessoas que estão endividadas. Ele aborda o que devemos fazer para trilhar o caminho do acúmulo de riquezas.
Segundo George, devemos viver com apenas 7/10 (70%) de tudo o que ganhamos. Outros 2/10 (20%) seriam utilizados para o pagamento de dívidas e empréstimos adquiridos anteriormente e 1/10 (10%) restante deveria ser poupado.
Após eliminar suas dívidas, como você estará acostumado a viver com somente 70% de sua renda, os outros 30% poderão ser poupado para aumentar a sua poupança. Segundo ele, o ouro escolhe os homens de acordo com seus hábitos.
Portanto, crie o hábito de separar uma valor para pagar as suas dívidas e outro valor para constituir a sua poupança.
Logo abaixo, podemos verificar outros ensinamentos abordados no livro para obter, manter e investir suas economias.
1 – De cada dez moedas que ganhar, gaste apenas nove.
2 – Faça o orçamento de seus gastos para dar conta de suas necessidades, alguns prazeres e mesmo assim poupar 10%.
3 – Faça o dinheiro multiplicar: aplique em atividades que tragam lucro ou rendimentos
4 – Guarde o dinheiro em lugar seguro, onde haja liquidez e que tenha lucro.
5 – Seja dono de sua própria casa
6 – Cuide de sua velhice e de sua família fazendo planos de proteção financeira para o futuro. Faça aquilo que ama e torne-se excepcionalmente bom.
7 – Aumente sua capacidade de ganhar: cultive seus poderes, estude, torne-se mais experiente e sábio

Conclusão

A chave para se livrar das dívidas ou mesmo constituir riqueza é utilizar-se do conceito “pague-se primeiro”. Assim como sabemos o que acontece se não pagarmos uma dívida, o tamanho que ela fica depois de um tempo. No caso de poupar um valor, o tempo e os juros compostos vão trabalhar ao seu favor para enriquecer.
O livro é de simples leitura e seu conceito foi utilizado em diversos outros livros de educação financeira, portanto, este deve ser o seu livro de entrada para aprimorar seus conceitos sobre finanças pessoais.
O Homem mais rico da Babilônia nos revela por caminhos concretos que é possível obter riqueza por meio de um bom planejamento e dedicação.

As dicas estão dadas! Basta seguir à risca! Boas poupanças!!!

Para ler o texto integral: 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Check-List: do sonho à realidade

Check-List: do sonho à realidade


A proatividade começa com a vontade enorme de seguirmos os nossos sonhos e atingirmos realização pessoal.
Começa por abrirmos um espacinho na nossa agenda e tentarmos encaixar um sonho gigante. Ao olharmos para aquele buraquinho e comprarmos com o tamanho dos nossos sonhos parece impossível. Baixamos os braços e desistimos à primeira. Não pode... Nunca vai caber...
Mas, na vida, tudo cabe com um pouqinho de vontade.
O segredo está em repartir o sonho gigante em pedacinhos de sonho mais pequeninos. Quebrá-lo em pedaços mensuráveis e fáceis de categorizar e encaixar naquele espacinho que sobra.
O segredo está em criar uma check-list para cada pedacinho e preencher o espacinho da agenda com os itens da check-list. Numera-los e fazê-los um a um, calmamente.
Riscá-los à medida que são concluídos e nunca passar ao seguinte sem concluir o anterior.
Aos poucos, os pedacinhos da check-list, que couberam naquele espacinho da agenda, vão sendo eliminados das tarefas a fazer. O mais engraçado é que com cada tarefa concluída o sonho não pára de crescer. Começa a ganhar forma até por fim estar ali à tua frente, completo e tão, ou mais, divinal como sonhaste.
E assim, do nada, em pequenos espacinhos e tarefas de uma check-list, o sonho impossível passa a ser uma realidade. 
Pois é, simples assim.


Adelaide Miranda, Outubro 2017

Saber mais: Guia Prático da Proativdade

Fazer a Diferença!

Fazer a diferença


Fazer a diferença não significa mudar o mundo mas sim, mudar o mundo de alguém.
Nem sempre são necessárias posses para influenciar de forma positiva a vida de alguém.
Fazer a diferença começa com amor ao próximo. Começa com a prática de dar sem esperar receber.
Fazer a diferença começa com ajudar alguém a atravessar a estrada, ajudar um idoso com os sacos de compras, dar direções a um estranho... É tão simples... É tão simples fazer a diferença.
Fazer a diferença começa por perguntar a alguém se está bem, abraçar alguém que precisa de um abraço, ouvir alguém que precise de ser ouvido. 


Para se fazer a diferença, por vezes, basta estar presente. Para se fazer a diferença, por vezes, basta separar o que já não nos serve ou já não tem uso e dar a quem precise.
E quando fazemos a diferença somos mais felizes. Somos preenchidos de energia positiva e o dia corre melhor.
A página "Teu Lixo Minha Bênção" foi criada para quem quer fazer a diferença. Foi criada para mudar o mundo de alguém. Para dar um berço a uma criança que precise, para agasalhar quem precise... Basta estarmos presentes, partilharmos... Fazer alguém feliz e acabarmos todos mais felizes.
Fazer a diferença é abrir a porta para a felicidade para o próximo e para nós. 
Vamos, juntos, fazer a diferença e ser felizes?



Adelaide Miranda, Outubro 2017

www.facebook.com/teulixominhabencao


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Encontra a tua Voz!

Não é por acaso que os médicos dão uma pequena palmada aos bebés imediatamente após o parto. A palmada serve para confirmar que a criança está respirando bem, visto que o choro sempre foi visto positivamente para liberar os pulmões. Os médicos procuram a voz do bebé!
A nossa função é encontrarmos a nossa voz e ajudarmos os outros a encontrar a deles. A nossa voz não apenas o som que emitimos quando falamos, a nossa voz é algo mais, é algo que vem de dentro.
A nossa voz é a sintonia de tudo o que nos proporciona bem estar: a nossa mente, o nosso coração, o nosso corpo e o nosso espírito. Ou seja, a nossa voz é o nosso “core”, o nosso centro.
Ok. Fácil dizer, certo? E como? Como encontrar a nossa voz? Tudo no mundo tem a sua própria voz, as pessoas, as empresas, o trabalho... Tudo tem um “core” que define a sua existência. Como encontrar a “tua voz”? Não é fácil. É necessário um balanço, uma sintonia. É necessário entrar em consonância com tudo o que nos define. Como?
A nossa mente é definida pelo nosso talento, pela nossa aptidão natural. O nosso coração é guiado por uma paixão, por algo que o faz mover. O nosso corpo tem necessidades básicas que devem ser satisfeitas. O nosso espírito é definido pelos nossos princípios, valores, integridade. Dito isto, como encontrar a nossa voz?
A nossa voz é a harmonia de tudo o que mencionamos. Ou seja, a nossa voz é algo que nós fazemos e que nos permite satisfazer a todos os requisitos. Algo que nos satisfaça a mente, o coração, o corpo e o espiríto simultaneamente. Não pode haver meio termo. Se algum dos requisitos não é cumprido significa que não estamos em sintonia com o nosso “core”. Há que redefinir, reestruturar por forma a atingir harmonia. Se satisfazes a mente, o coração e o corpo mas tens de passar por cima dos teus princípios para o fazer, não estás a “falar” com a tua voz. Estás a caminhar com uma voz tremida, aos soluços e com bastante dificuldade em ser compreendida.
Encontrar a voz, não é fácil. É preciso parar e escutar o nosso interior. É preciso errar, experimentar. Mas acredita, quando a encontrares vais perceber que é a melhor melodia do mundo e vais querer partilhar e ajudar os outros a encontrarem a deles.
Eu tenho procurado a minha voz, e tenho encontrado. Ninguém tem uma voz apenas, as paixões mudam, as necessidades do corpo mudam, e há medida que vamos vivendo experiências novas vamos adquirindo talentos e novos princípios. Já encontrei várias vozes em mim e sempre que sinto uma mudança, paro para reavaliar e reencontrar. Já não sei viver sem a minha voz e tu verás que assim que encontrares a tua, também não vais conseguir viver sem ela.




Texto: 
Adelaide Miranda, 04 de outubro 2017
Imagem: Internet

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Mind you, I was there first!

The problem of the world is that we have all became selfish and self-centred.
So, I was sitting at a bench in the Park. I was having my lunch. This girl approaches the bench, and asks if she can sit. I obviously say: fine.
Her friend approaches the bench, and seats in the space available at the middle. No problem there, she is invading my personal space.
I continue eating my food. At some point the “friend” lights up a cigarette and starts smoking and throwing the smoke towards me. Mind you, I was eating my lunch!
I was there at first, minding my own business. I did not disturb anyone and I was hoping not to be disturbed. It would have been considerate if she could ask if the smoke bothered me before lighting up the cigarette. Mind you, I was there first!
So I got up and looked for another bench. The first girl looked at me with apologetic eyes and the smoker paid no attention to what happened. She was totally unaware.
It might seem like a small thing but it isn’t. This is what we have became: inconsiderate selfish bastards with no awareness of others.
This is why, there is a lack of love and respect in the world. People are totally unaware of their actions and how these actions affect other people.

And all I have to say is… Mind you, I was there first!

Adelaide Miranda, 29 September 2017

Deitada, inerte e em paz...


A sala estava escura, mas não o suficiente... Deborah, levantou-se e baixou os estores até extinguir o último pedaço de luz que desafiava a escuridão. Voltou, às apalpadelas, para o sofá e fechou os olhos. 
Idiota, pensou para si. No escuro, manter os olhos fechados ou abertos não faria a mínima diferença. Contudo, Optou por fechar os olhos, sentia-se melhor assim.
Pegou no comando e ligou a música. Deixou-se envolver pela melodia e permitiu-se viajar. Deitada, inerte e em paz. 
Por vezes, sentia necessidade de afastar-se do mundo e mergulhar no seu inconsciente, na sua alma.
A música era o meio de transporte para o outro lado. A música era das poucas coisas que lhe  permitia desacelerar o pensamento e desapegar-se das preocupações mundanas e rotineiras. Por momentos, estava em paz consigo mesma. Entendeu as suas aflições, receios e sonhos. Afastou o ruído de fundo e conseguiu olhar profundamente para dentro de si mesma. Afinal, não se tinha perdido. Afinal, a Deborah ainda ali estava. A sua essência mantinha-se a mesma. Deitada, inerte e em paz.
Assim permaneceu até o CD acabar. Respirou fundo, abriu os olhos e levantou-se lentamente como que ganhando noção do seu estado físico. 
Abriu os estores e acendeu a luz. Dirigiu-se para a cozinha e começou a preparar a lancheira do filhote.  A rotina diária, afinal de contas, ainda estava a começar. 

Texto: Adelaide Miranda, 29 Setembro 2017
Imagem: Trigger Image

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Um Amor Incompatível

Excerto

- Tenho medo que saias por essa porta e eu acorde. Tenho medo que isto não passe de um sonho. Tenho medo que o mundo te leve de mim. Liga a dizer que não estás bem. Vamos aproveitar só mais um dia...

- Não me tentes, João. Tenho mesmo de ir. E tu também... E amanhã podemos estar juntos, se quiseres, claro.

- Não vás... Fica com o João. João precisa da Sara. – disse em tom de brincadeira.

- Sara quer João. Sara precisa do João... – Beijaram-se e fizeram amor uma vez mais. João, levantou-se num pulo.

- Vamos. Se tens de ir, tens de ir já. Caso contrário não sais mais daqui. – Levou-a para casa. Pelo caminho, ambos sentiram o coração apertado e mal falaram dentro do carro. Sara foi dando as direcções quando fosse necessário e remeteu-se ao silêncio.

- Chegamos. – disse em tom de tristeza.

- Deixa-me acompanhar-te à porta.

- Não... Vai ser mais dificil, deixa-te estar. Daqui a nada estamos juntos, certo?

Assim que fechou a porta de casa, sentiu uma tristeza enorme. Sentiu um vazio e uma solidão repentina. Entrou no chuveiro e preparou-se para ir para a cama. Assustou-se com o toque da campainha.

- João? Então? Está tudo bem? Deixei alguma coisa no teu carro?

- Deixaste... Deixaste-me a mim.

Entrou no apartamento e foram para o quarto.

- Não vais trabalhar amanhã?

- Vou. Mas quero dormir contigo. Preciso de dormir contigo.

- Jura? E as tuas coisas?

- Tenho umas mudas lá na oficina. Não te preocupes.

Fizeram amor e enroscaram-se estafados. Sara, acordou com o alarme e amadliçoou a segunda-feira. Tomaram duche juntos e fizeram amor, uma vez mais. João, deixou-a no trabalho e despediram-se a custo.

- Não te esqueças de mim.

- Impossível... Espero conseguir lembrar-me de como se trabalha, isso sim.

- Sara... Não te esqueças de mim.

- Nunca.

- Jura.

- Quem mais jura mais mente. – respondeu com um sorriso. – E tu não te esqueças de mim.

- Impossível. Estás tatuada em mim.



- Tenho medo que saias por essa porta e eu acorde. Tenho medo que isto não passe de um sonho. Tenho medo que o mundo te leve de mim. Liga a dizer que não estás bem. Vamos aproveitar só mais um dia...

- Não me tentes, João. Tenho mesmo de ir. E tu também... E amanhã podemos estar juntos, se quiseres, claro.

- Não vás... Fica com o João. João precisa da Sara. – disse em tom de brincadeira.

- Sara quer João. Sara precisa do João... – Beijaram-se e fizeram amor uma vez mais. João, levantou-se num pulo.

- Vamos. Se tens de ir, tens de ir já. Caso contrário não sais mais daqui. – Levou-a para casa. Pelo caminho, ambos sentiram o coração apertado e mal falaram dentro do carro. Sara foi dando as direcções quando fosse necessário e remeteu-se ao silêncio.

- Chegamos. – disse em tom de tristeza.

- Deixa-me acompanhar-te à porta.

- Não... Vai ser mais dificil, deixa-te estar. Daqui a nada estamos juntos, certo?

Assim que fechou a porta de casa, sentiu uma tristeza enorme. Sentiu um vazio e uma solidão repentina. Entrou no chuveiro e preparou-se para ir para a cama. Assustou-se com o toque da campainha.

- João? Então? Está tudo bem? Deixei alguma coisa no teu carro?

- Deixaste... Deixaste-me a mim.

Entrou no apartamento e foram para o quarto.

- Não vais trabalhar amanhã?

- Vou. Mas quero dormir contigo. Preciso de dormir contigo.

- Jura? E as tuas coisas?

- Tenho umas mudas lá na oficina. Não te preocupes.

Fizeram amor e enroscaram-se estafados. Sara, acordou com o alarme e amadliçoou a segunda-feira. Tomaram duche juntos e fizeram amor, uma vez mais. João, deixou-a no trabalho e despediram-se a custo.

- Não te esqueças de mim.

- Impossível... Espero conseguir lembrar-me de como se trabalha, isso sim.

- Sara... Não te esqueças de mim.

- Nunca.

- Jura.

- Quem mais jura mais mente. – respondeu com um sorriso. – E tu não te esqueças de mim.

- Impossível. Estás tatuada em mim.
Adelaide Miranda

quinta-feira, 4 de maio de 2017

A Estante

Um a um, Deborah, colocou os livros de volta na estante. Procurou por tanto tempo sem sequer saber o que procurava. O desespero que a tinha levado àquele quarto continuava a apertar-lhe o peito com uma força esmagadora. Encostou-se à beira da porta e olhou uma vez mais para a estante. Sentia que a resposta estava ali. Sabia que a resposta estava ali. Mas onde? O que seria? 

Arrastou-se lentamente para o quarto e deitou-se a custo na cama. Cerrou os olhos quando a pancada da enxaqueca a atingiu, sem aviso. Apertou os lençois entre as mãos e respirou fundo. Aquela dor dilacerante não a deixava viver. Eventualmente, adormeceu. Acordou horas depois envolta em suor. Aos poucos, tentou levantar-se e começar mais um dia.

Mais um dia de sofrimento. Mais um dia de névoa. Mais um dia de dor... 

Decidiu voltar à estante. Iria retirar os livros um a um, desfolhá-los com cuidado e de certo iria encontrar o que procurava. As horas passaram e a paciência foi-se esgotando. Atirou os livros todos ao chão num momento de fúria. Gritou de frustração e chorou com pena de si mesma. A pancada violenta da enxaqueca derrubou-a ao chão. Fechou os olhos e abriu-os a custo. Ao fundo, viu uma imagem que pareceu familiar. Fechou os olhos novamente e lentamente voltou a abri-los. Ali no meio dos livros estava uma foto... Rastejou até ela e agarrou-a com ambas as mãos. A imagem era bastante familiar. Sentiu naúseas e levou as mãos à boca. Foi assaltada por memórias que estavam enterradas na sua mente. Os olhos castanhos, as sardas e o cabelo espigado... O sorriso e os bracinhos pequenos e rechonchudos. Os beijos e as gargalhadas. Os abraços e as tardes passadas no parque. A imagem... A imagem do filho que o mundo roubou... Deixou-se estar ali, parada no tempo, e permitiu que as memórias a invadissem e, lentamente, retomassem o devido lugar. Tinha que aceitar o desígnio de Deus e dar graças aos momentos que tinha vivido. Era a única forma de continuar. Tinha de aprender a viver com a dor de perder um filho porque era impossível viver com a dor de tentar apagar um amor infinito. 

 

Photo by Heritage Photgraphy

quinta-feira, 30 de março de 2017

Desabar



Encontrei-o sentado no sofá da sala a chorar...
Senti uma dor tão aguda, como se tivesse acabado de ser esfaqueada. Agarrei-me ao peito e pressionei, ao mesmo tempo que me contorci, de forma a conter a dor.
Soube, ali, naquele momento, que ele não chorava por mim. Nunca o tinha visto a chorar...    Aproximei-me, a custo, e ajoelhei-me junto ao sofá. Olhei para ele e, de leve, poisei-lhe a mão no peito.
- Já não me amas pois não? - Perguntei após reunir toda a coragem que tinha.
- Não sei... Não sei...
- Estás a pensar noutra mulher, não estás?
- Sim... - Respondeu após um silêncio prolongado.
- Estiveste com ela?
- Não te posso mentir. Estive, sim.
- É amor que sentes por ela?
- Não sei. É diferente. Com ela sinto-me...
- Sentes-te o quê?
- Mais vivo. Contigo... Contigo tudo é igual. Robotizado. Mecânico...
- Entendo...
- Perdoa-me.
- Não sei se consigo.
Levantei-me a custo e caminhei de  cabeça erguida, com o pouco de dignidade que me restava.
Ouvi-o a chorar. Tive vontade de voltar atrás e pedir-lhe para retirar tudo o que tinha dito...
Não o fiz porque tinha noção de que a rotina diária tinha nos traído. Era óbvio que viviamos debaixo do mesmo tecto mas não partilhávamos a mesma vida. Eu já não me lembrava da sua música favorita. Não me lembrava da última vez que tinhamos rido juntos. Na realidade... Na realidade eu sentia-me presa. Por vezes, também sonhava em sentir-me viva.
Ouvi o telefone dele a tocar, ao fundo.
- Estou a pensar em ti. - Disse ele. - Acabei de falar com a Deborah. Falei-lhe de nós. Preciso estar contigo.
Respirei fundo. Abri a porta de casa e sai.

Foto retirada da internet.




segunda-feira, 27 de março de 2017

Video Trailer "Amor, Traição e Kizomba" - WilsonP feat Jay C

David, faz tudo para tentar salvar o seu casamento. Inscreve-se em aulas de Kizomba, mesmo sabendo que tem dois pés esquerdos, para satisfazer um desejo antigo da mulher.
Deborah, sente-se perdida e afasta-se constantemente do marido. Encontra nas aulas de dança uma saída. Voar pelo salão devolve-lhe a liberdade perdida.
Joana procura na dança uma forma de quebrar a solidão da sua vida.
Janine vive loucamente. Deixa envolver-se pela paixão que a música cria.
Joana Machado, vive para ensinar Kizomba. Transpira sensualidade e profissionalismo.

No meio das nossas personagens existe Amor, existe Traição e existe Kizomba... Uma história envolvente, que tem a música no seu plano principal.

WilsonP e Jay C apresentam o livro de uma forma bastante original. Vejam o video:

"Amor, Traição e Kizomba" ' WilsonP feat Jay C

domingo, 26 de março de 2017


Ser mãe...

Ser mãe é ser... Tudo.
Mãe é a palavra mais complexa do universo.
Abrange todas a emoções.
Abrange todas as acções.
Abrange todas a profissões.
Mãe significa amor.
Aquele amor que nos enche o coração,
que nos prende o peito.
Mãe significa dor.
Aquela dor de não podermos defender
o nosso filho de tudo.
Mãe signfica vigilante.
Aquela vigilia noturna que nos faz levantar,
ao mínimo suspiro mais profundo ou
silêncio prolongado.
Mãe significa protectora.
Aquela vontade de proteger,
fechá-los num casulo. Proteger do mundo.
Mãe significa professora.
Aquela necessidade de ensinar tudo,
de tentar que aprendam com os nossos erros,
e evitando os deles.
Mãe significa inspectora.
Aquela responsabilidade de investigar
cada situação diferente, de alarme.
Mãe significa amiga.
Aquela vontade de estar presente
em todos os momentos. Nas alegrias,
e nas tristezas. Partilhar!
Mãe signfica
Mãe significa... Mãe.
Maior
Amor
Eterno.

Feliz Dia das Mães!

segunda-feira, 20 de março de 2017

sexta-feira, 17 de março de 2017

Guia Pratico da Proatividade - Teaser - Primeiros Capítulos


Guia Prático da Proatividade

Um manual que desvenda o que está verdadeiramente por trás de uma pessoa proativa.

Adelaide Miranda é uma empresária de sucesso mas, acima de tudo mulher! Como tal, sabe perfeitamente quais são as dificuldades em conseguir conciliar vida pessoal, familiar e profissional nos dias de hoje. Neste guia, Adelaide revela alguns segredos da proatividade e qual a fórmula daquilo que nos fará felizes e capazes de enfrentar as dificuldades que a vida nos vai apresentando.

Este guia prático foi criado a pensar em quem pretende fazer algo de novo ou até mesmo mudar a sua vida. Para sermos proativos temos, antes de mais, que fazer uma viagem dentro de nós próprios e definirmos bem o que queremos, procurando aquilo que realmente nos dá alegria. Se está preparado(a) para abraçar o seu eu interior, descobrir o que o(a) faz sorrir, conhecer os seus opostos e aceitar os seus limites, então este guia é para si!

“Não apresento aqui a derradeira fórmula da proatividade mas, espero deixar o bichinho da curiosidade, a vontade de experimentar e o vírus da doença mais maravilhosa do mundo chamada “fome de mudança”. As dicas básicas que aqui deixo servirão para te permitir iniciar a tua própria jornada “em busca do meu eu perdido”. Espero que encontres o teu eu, como eu tenho encontrado o meu” revela Adelaide Miranda.

Livro: Guia Prático da Proatividade

Autora: Adelaide Miranda

Editora: Capital Books

PVP: 10 Euros
 
Acede aos primeiros Capítulos através do link:
 
 

sexta-feira, 10 de março de 2017

Que o amor não me engane...

Sinto-te...
Sinto-te com toda a força do meu ser.
Desde que te pertenço
ganhei um motivo para viver.
Ao teu lado, sinto que posso tudo.
Ao teu lado, sou forte e destemida.
Ao teu lado, nada me abala,
Ao teu lado, tenho força para suportar o mundo!
Sinto-te...
Desde que te sinto que
na realidade sinto-me a mim.
Apaixonei-me pelo meu ser
ao tornar-me o teu motivo para viver.
Juntos, sinto que podemos tudo.
Somos uma força indestrutível.
Juntos, nada parece impossível,
Juntos, somos a força que move o mundo!
Sinto-te...
Dizem que é amor...
Dizem que o que sinto é amor.
Dizem que é eterno.
Quero sentir-te e sentir-me assim sempre.
Que o amor...
Que o amor não me engane!

Adelaide Miranda

Foto: internet - autor desconhecido


quarta-feira, 8 de março de 2017

sou mulher não tenho tempo nem espaço para me permitir sentir cansada.

Sou mãe... Sou esposa... Sou filha... Sou irmã... Sou tia... Sou cunhada... Sou amiga... Sou colega... Sou mulher!
Sou tanta coisa e por vezes tudo o que eu quero é não ser... Por vezes quero ser nada. Por vezes quero perder-me no tempo sem me preocupar, sem pensar, sem planear...
Mas não posso! Sou mulher. Mulher não tem folga porque o cérebro não para. Mãe não tem descanso porque está formatada para se preocupar.
Sou tanta coisa e por vezes tudo o que eu quero é não ser... Por vezes quero ser nada. Por vezes estou tão cansada, tão cansada mas a minha cabeça de mulher, de mãe, de filha... Não para. Estou cansada... muito cansada... sou mulher não tenho tempo nem espaço para me permitir sentir cansada.