quarta-feira, 20 de junho de 2018

Dicas da Adelaide - Descobre a tua Vocação

Tenho aprendido muito...
Durante muito tempo senti que faltava alguma coisa. Sentia-me incompleta e muito ingrata.
Abençoada com uma profissão estável, com um filho maravilhoso e saudável, com uma família numerosa, muitas vezes sentia-me incompleta. Esse sentimento deixava-me muito infeliz porque sentia-me ingrata. Ingrata por ter tanto e ainda assim sentir que me faltava algo.
Virei-me para a minha poesia e percebi o que me faltava. Faltava-me a minha essência. Falta-me fazer as coisas que sempre me deram prazer quando era criança: escrever, inventar histórias, inventar músicas, inventar peças de teatro.... Deixei-me levar pela vida e perdi-me de mim mesma.
E uma vez mais, tal como na adolescência, a minha escrita salvou-me. O meu refúgio e a minha terapia são as palavras que fluem para o papel. 
Não sou formada em letras e por vezes, a maioria das vezes, sinto que a minha gramática não é suficiente para textos bem trabalhados e recheados com a beleza da literatura portuguesa. Confesso que tenho dificuldade com vírgulas e misturo, por vezes, os tempos verbais. Contudo, quando escrevo não é essa a minha preocupação. Quando escrevo a minha intenção é contar uma história. Uma história que tem que ser contada. Uma história que todos possam ler... Não sou formada em letras, mas sou formada em histórias.
Desde pequena que tinha a capacidade de ter os meus primos à minha volta ansiosos por novos capítulos das Aventuras do Xinbiliqui na Europa. Todos os dias os capítulos ganhavam mais suspense e reviravoltas. Afinal, sempre fui contadora de histórias.
E desde pequena que sempre tive a capacidade de resumir em palavras mais simples os tópicos mais complicados. É isso que faço com os meus guias. Tenho partilhar com os outros tudo o que aprendi com os livros que leio e que senti que tenha adicionado valor à minha vida. Gosto de partilhar experiências e comunicar. Afinal, sempre fui comunicadora.
Com isto, acabei por falar mais de mim do que esperava. O que quis partilhar convosco foi a necessidade que temos de não esquecer o que nos define. A necessidade de encontrarmos a nossa essência, o nosso talento...
Todos nós nascemos ricos, todos nós trazemos uma riqueza na nossa alma. Devemos fazer uso dessa riqueza, porque efetivamente é o que nos faz verdadeiramente feliz




Adelaide Miranda, Guia Prático da Proatividade

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