sexta-feira, 4 de maio de 2018

Desvalorização da Alma

As pessoas são estranhas...
Apegam-se a bens materias como se os levassem para a outra vida.
Esquecem-se que no caixão só cabem os nossos ossos e alguns trapos para tapar a nossa nudez fria.
Apegam-se a coisas tão caras  e sem valor. Tão caras, que chegam a vender a própria alma por meros tostões, alma essa que não devia ter preço.
Connosco, só levamos a alma. A nossa alma é a pequena bateria que dá vida ao nosso corpo. O nosso corpo não passa de um vaso para abrigar o que de mais valioso temos. Irónico, o que de mais valioso temos e não damos valor.
Vendemos a alma ao diabo... Permitimos que os desejos dos nossos vasos se sobreponham aos desejos da nossa alma. A nossa alma também tem fome. Tem fome de energias semelhantes a ela própria e esquecemos de a alimentar. Entretanto, comemos como se o dia fosse acabar e enchemos o nosso vaso, o nosso vaso que abriga a nossa preciosa alma, de lixo... Ocupamos o espaço do nosso bem mais valioso com "lixo"...
Irónico, o que de mais valioso temos e não damos valor.
Claro, mas é óbvio, que temos que satisfazer as necessidades básicas dos nossos vasos. Temos de garantir a extensão do seu prazo de validade, caso a nossa alma queira prolongar a sua estadia. É óbvio que é importante alimentar, mas nós saturamos. Saturamo-nos de coisas desnecessárias e roubamos o espaço da nossa alma que com o tempo vai deixando de brilhar.
As pessoas são estranhas...
Apegam-se a tanta coisa e deixam a única coisa de valor definhar....



Adelaide Miranda, 04/05/2018

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